quarta-feira, 8 de julho de 2009








"Dos confins da Etiópia aos séculos da modernidade”
Hans Sylvester fotografou, ao longo de 6 anos, as tribos onde homens, mulheres, crianças e velhos são artífices de uma arte ancestral. Aos seus pés, a corrente do rio Omo, entre ambos os lados de um triângulo formado pelas fronteiras da Etiópia, do Sudão e do Quênia, onde se situa o vale do Rift e a Grande Fenda Africana, que separa lentamente a placa africana e a placa arábica. O Rift é uma região vulcânica que fornece uma imensa palheta de pigmentos. Do ocre vermelho ao caolin branco, do verde do cobre ao amarelo luminoso ou ao cinzento das cinzas vulcânicas.
Eles têm o engenho da pintura, e seus corpos de 2 m de altura são uma imensa tela.
A força de sua arte se sustenta em três palavras: dedos, rapidez e liberdade.
Eles desenham de mãos abertas, com a ponta das unhas. São perfeitos com um graveto ou um talo amassado de plantas do pântano...
Seus gestos vivos, rápidos, espontâneos, os mesmos da infância, são aqueles movimentos essenciais que buscam os grandes mestres contemporâneos quando após tudo terem aprendido, passam então a tudo querer esquecer. Apenas o desejo de decorar, seduzir, de estar bem, um jogo e desfrutar de um prazer permanente. Basta afundar os dedos na argila e em dois minutos, sobre o tronco, os seios, o púbis, as pernas, nascem nada menos que um Miró, um Picasso, um Pollock, um Tàpies, um Klee..."




















































Colares Uluart...

sexta-feira, 3 de julho de 2009